sábado, 8 de novembro de 2008

Super Menu

Pensando como Lavoisier, nós somos aquilo que comemos. A nossa dieta, dita “dieta mediterrânica”, é reconhecida pelos entendidos na matéria, como uma alimentação saudável e equilibrada que nos livrará facilmente da obesidade, uma vez regrada. Nos anos 80, não existia qualquer tipo de fast-food no nosso país. O mais parecido seriam talvez os pregos no pão e a sandes de torresmos, e na versão take-home, os frangos no churrasco.

Chegados os anos 90, aparecem os hamburgers, baguetes, pitas e claro, as pizzas. O que é então uma pizza, senão pão com queijo e tomate?! Mas não será que pão com queijo e tomate é comida de pobre? Depois é adicionada com outros condimentos, que dão sabor, mas que podem ser encontrados em qualquer parca despensa. (só uma nota: a pizza mais barata, de uma dessas casas famosas, custa 6 euros. Não é assim tão pobre…) A nossa gastronomia, que qualquer português se orgulha de ver como a melhor do mundo, é mediterrânica, e é também rica em pratos de pobre. Senão vejamos: O que é um arroz de polvo, ou de marisco, ou de pato, ou de outra coisa qualquer, senão um prato onde com pouca matéria-prima, se põe mais um copo de arroz e até se pode receber mais um ou dois convidados? A açorda não é nada mais, nada menos do que pão velho com água e aditivos! Uma sopa é água com condimentos, que faz um grande repasto! A velha fábula da sopa de pedra é prova disso mesmo. Um prato que nasceu da avareza...

Há pessoas que se queixam de que a fast-food é a principal causa de obesidade. Mas será que a obesidade é um problema assim tão grave? Ainda há 50 anos, na Europa havia fome! Ainda hoje, há zonas do globo com fome! Estamos ou não estamos melhor?! Eu confesso que nunca passei fome na vida, mas eu não preciso de passar fome, para ver que a obesidade é melhor. Seria como se me perguntassem se gosto de bosta. Sem provar, e sem saber de que espécie animal é proveniente, eu posso desde já afirmar, sem dúvida nenhuma, que não gosto!

A minha avó costumava dizer que no futuro, (“no ano 2000…”, dizia ela) bastaria um comprimido por dia para fazer face às nossas necessidades nutricionais. Mal ela sabia que iriam inventar o actimel. Aqueles 108 ml. (porquê 108?) com dez mil milhões de L. Casei não sei quê, que salvam a vida do cliente... (Ah!, claro, são 92.592.593, por mililitro! Mais, seria excessivo…) Daqui a uns anos bastará um actimel para o dia todo! Será a dieta moderna dos países mais ricos e desenvolvidos. Seguramente dispendiosa, terá um sistema de regurgitação duodenal para manter o estômago a trabalhar durante as 24 horas do dia, e todos os mil milhões de mil milhões de coiso, necessários à sobrevivência humana. Depois, uns goles de água “fibras”, para cortar no apetite! Repisando o tema da bosta, a única vantagem seria poupar no papel higiénico…

2 comentários:

Lusus disse...

Reza assim:
L.Casei imunitas - actimel
bífidos activos - Atctívia

Foram muitas horas, pagas a peso de ouro, a génios criativo do marketing, corporate branding, especialistas do specialized sunks spranksts, zigans!

Amilcar

Anónimo disse...

Então reza assim:

L.Casei imunitas - Actimel;
Bífidos activos - Actívia (espectacular!)

Foram muitas horas pagas a peso de ouro, a génios criativos do merchandising, corporate marketing & branding, especialistas do specialized zigans sprankst spunkszt raizens snizans!

Amilcar