O ser humano é um ser comunicativo. Há outros animais que comunicam, mas nós fomos os únicos a desenvolver códigos, que variam consoante as tribos, e variam mesmo, de grupo para grupo dentro da mesma tribo. Ora, a tribo dentro da tribo que desenvolveu a forma de comunicação mais bizarra é, sem dúvida, a tribo parlamentar. Porque é que aqueles senhores falam daquela maneira? Mais ninguém fala assim! Será que é para parecer que leram Eça ou Camilo? Toda a gente sabe que não! O único que leu, foi o Pacheco Pereira. Mas esse deve ter, anotados e catalogados, todos os erros gramaticais e sintácticos dos grandes clássicos da literatura portuguesa. Uma obra de grande interesse literário… Todos queremos saber como Pacheco Pereira escreveria o “Amor de Perdição”.
A oratória parlamentar é única. Em mais parte alguma se fala assim. Não há grupo de trabalho que trabalhe, que comunique como eles o fazem. Nem noutros grandes centros de decisão! Ou as Universidades!: Eu já estive em sessões, em anfiteatros com mais de duzentas pessoas, em que o orador foi primeiro-ministro de Portugal, e ele não falava daquela maneira! Até porque, como quem fala assim parece que está a mentir, ninguém o levaria a sério e abandonariam a sala em pouco tempo.
Depois há os deputados-gongo. Aqueles, que nunca ninguém viu discursar, mas que são essenciais para o bom funcionamento da fauna parlamentar. São os que, volta e meia, mesmo sem saber o tema da sessão, gritam: “Muito Bem!”, ou “Sr. Deputado!”, impedindo que os colegas mais incautos cometam o erro de adormecer perante as câmaras de televisão. São exímios no que fazem, disso podem gabar-se. Existe uma divisão natural do trabalho dentro da Assembleia. Todos têm um papel a desempenhar.
Mas como serão aqueles espécimes na vida real? Na vida íntima, privada, quando não precisam de estar a fingir… Será que falam da mesma maneira? Como será o senhor Sócrates, quando está no bacio e descobre que lhe falta o papel higiénico, já depois da obra feita? Será que fala da mesma forma nasalada e em falsete? Eu acho que sim, (ler com guinchos) “traz-me um rolo porreiro, pá!”; Já Manuela Ferreira Leite deve falar pelos cotovelos, tem ar de galhofeira; O senhor Louçã fala exactamente da mesma maneira, mas sem açaime; A Odete Santos, como pessoa genuína que todos conhecemos, fala da mesma forma entaramelada; O Paulo Portas a pedir um pequeno-almoço: “Eu solicito um galão: café, leite e açúcar! E um croissant misto: croissant, queijo e fiambre!”. Será que estes senhores ainda não perceberam que ninguém os respeita se continuarem a falar daquela maneira? Nós, os não-políticos, já começamos a ficar fartos de tantas pantominices, tretas e vigarices de toda a espécie. Ainda por cima, fazem-no de forma coloquial! Respondendo na mesma linguagem: “Senhor Deputado, colóquio, num sítio que eu cá sei!”
A oratória parlamentar é única. Em mais parte alguma se fala assim. Não há grupo de trabalho que trabalhe, que comunique como eles o fazem. Nem noutros grandes centros de decisão! Ou as Universidades!: Eu já estive em sessões, em anfiteatros com mais de duzentas pessoas, em que o orador foi primeiro-ministro de Portugal, e ele não falava daquela maneira! Até porque, como quem fala assim parece que está a mentir, ninguém o levaria a sério e abandonariam a sala em pouco tempo.
Depois há os deputados-gongo. Aqueles, que nunca ninguém viu discursar, mas que são essenciais para o bom funcionamento da fauna parlamentar. São os que, volta e meia, mesmo sem saber o tema da sessão, gritam: “Muito Bem!”, ou “Sr. Deputado!”, impedindo que os colegas mais incautos cometam o erro de adormecer perante as câmaras de televisão. São exímios no que fazem, disso podem gabar-se. Existe uma divisão natural do trabalho dentro da Assembleia. Todos têm um papel a desempenhar.
Mas como serão aqueles espécimes na vida real? Na vida íntima, privada, quando não precisam de estar a fingir… Será que falam da mesma maneira? Como será o senhor Sócrates, quando está no bacio e descobre que lhe falta o papel higiénico, já depois da obra feita? Será que fala da mesma forma nasalada e em falsete? Eu acho que sim, (ler com guinchos) “traz-me um rolo porreiro, pá!”; Já Manuela Ferreira Leite deve falar pelos cotovelos, tem ar de galhofeira; O senhor Louçã fala exactamente da mesma maneira, mas sem açaime; A Odete Santos, como pessoa genuína que todos conhecemos, fala da mesma forma entaramelada; O Paulo Portas a pedir um pequeno-almoço: “Eu solicito um galão: café, leite e açúcar! E um croissant misto: croissant, queijo e fiambre!”. Será que estes senhores ainda não perceberam que ninguém os respeita se continuarem a falar daquela maneira? Nós, os não-políticos, já começamos a ficar fartos de tantas pantominices, tretas e vigarices de toda a espécie. Ainda por cima, fazem-no de forma coloquial! Respondendo na mesma linguagem: “Senhor Deputado, colóquio, num sítio que eu cá sei!”
Sem comentários:
Enviar um comentário